Em entrevista na manhã desta segunda-feira (8) o governador Mauro Mendes (União) comentou a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro a Cuiabá, que deve declarar seu apoio à candidatura de Abilio Brunini (PL) na capital do estado, e afirmou que não vê o candidato do PL como o que "tem as melhores condições de ajudar" Cuiabá. Mauro disse que não irá participar de nenhum ato político.
O governador, que irá recepcionar Bolsonaro, foi questionado se isso não é conflitante com o fato de que ele não apoia Abilio para a Prefeitura de Cuiabá, sendo que o motivo da vinda do ex-presidente é fazer campanha para ele.
"Vou receber sim o presidente Jair Bolsonaro lá no aeroporto, óbvio que não vou participar de um ato político em prol de um candidato que não é o meu candidato, que não é aquela pessoa que eu julgo que tem as melhores condições de ajudar a tirar Cuiabá do buraco, porque olha o erro que nós cometemos nesses 8 anos, um erro gigante, mas democracia é isso, errou, é 4 anos para demitir o cara, será que Cuiabá aguenta mais 4 anos de erro?".
O candidato do União Brasil para a disputa é o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado estadual Eduardo Botelho. Bolsonaro vem fortalecer a candidatura de Abilio e de outros nomes que representam a direita. Mauro disse que não concorda com esta divisão política, de direita e esquerda.
"Eu não tenho esse negócio de direita e esquerda, particularmente eu acho isso uma bobagem. Eu sou um cara do bem, to aqui para fazer o que é certo, se o que o pensamento de esquerda diz for o certo, eu faço, se o pensamento de direita for o certo eu faço, se o pensamento de centro for o certo eu faço. Negócio de direita e esquerda, isso é uma forma de ficar criando rótulos e ficar se escondendo atrás deles".
Mauro foi um dos principais articuladores políticos para a candidatura de Bolsonaro em Mato Grosso nas eleições de 2022. Apesar disso, nas eleições deste ano não estará do mesmo lado do ex-presidente, mas afirmou que tem respeito por ele, assim como pelo presidente Lula ou qualquer outro ex-presidente.
"Eu procuro deixar esta questão ideológica de lado, vou receber o presidente Bolsonaro lá no aeroporto, converso um pouquinho com ele e depois ele segue para fazer essa agenda política. Se o presidente Lula vier aqui eu vou receber com respeito, é o presidente da República, se o Fernando Henrique aparecer por aqui eu vou receber, se o Temer aparecer por aqui eu vou receber porque é uma autoridade que fois constituída um dia no país e no mínimo merece respeito, independente do que eu possa pensar sobre qualquer um deles".
Fonte: Gazeta Digital