Delegado da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Marlon Luz, disse que o bebê Vicente Camargo, 5 meses, chegou ao hospital com vida, após bater a cabeça em uma quina de mármore na Creche Criança Feliz, no dia 17 de abril, em Várzea Grande. O óbito foi confirmado momentos depois, por conta de um traumatismo craniano.
Durante entrevista ao Balanço Geral (TV Vila Real, canal 10), nesta segunda-feira (20), o policial deu novos detalhes do inquérito policial que indiciou as donas do berçário, Lohaine e Hanna Figueireido, por homicídio culposo, respectivamente
Segundo ele, uma das monitoras percebeu que o bebê estava "mole" e o levou até uma das Lohaine. Desesperada, a empresária pegou o bebê, virou de bruços e tentou reanimá-lo. Nesse momento, ela bateu a testa da criança em uma quina de mármore de aproximadamente 1,5 metro. A estrutura era utilizada para fazer a troca de fralda das crianças.
"Na tentativa de fazer uma manobra de reanimação, ela coloca o bebê com a barriga para baixo em seu braço e o virou para o lado. Nesse ato, ela chocou a cabeça do bebê na quina de mármore que provocou o traumatismo e a consequente morte da criança", detalhou.
Marlon aponta que não houve "omissão de socorro", porém destaca que a proprietária não tinha "preparo técnico" para realizar a manobra. Após o choque, a acusada buscou a ajuda em uma oficina localizada em frente a creche e, na sequência, abordou um motorista que passava pela rua, que os levou até a unidade hospitalar.
"O bebê deu entrada com vida no hospital e acabou morrendo em seguida... A gente trabalha com a busca da verdade e não houve uma omissão. Elas tentaram a prestação de socorro, mas foi insuficiente diante da gravidade da lesão", acrescentou.
O inquérito foi divulgado no sábado (18) e indiciou Lohaine responsável pela lesão por homicídio culposo. Ou seja, quando não há intenção de matar. Já a Hanna foi indiciada porque, segundo a polícia, ela foi omissa em garantir espaços com proteção para resguardar as crianças e também no atendimento à criança.
"A proprietária que chocou a cabeça da criança na quina de mármore foi imprudente, portanto a responsabilização para ela foi de homicídio culposo. Entretanto, a outra proprietária foi responsabilizada por ser negligência porque a creche funcionava sem regularização", disse.
Fonte: Gazeta Digital