O governador Mauro Mendes (União) afirmou que poucos incêndios no estado são "por causas naturais" e que o clima seco favorece a propagação das queimadas. Ele amenizou a fala de ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, de que ao longo dos anos o Pantanal seria extinto por causa das queimadas florestais.
Em entrevista à imprensa, o governador enfatizou o trabalho que está sendo feito pelas equipes do Corpo de Bombeiros e afirmou que os incêndios criminosos se propagam facilmente devido ao tamanho do estado.
"As queimadas estão críticas em todo o Brasil. Estão críticas em Mato Grosso. Boa parte disso se deve ao clima, ao tempo seco, à falta de chuvas. Mas todos os incêndios são porque alguém começou. E aí nós temos que ter clareza de que alguém está fazendo esse fogo de forma criminosa ou até descuidada por algum tipo de negligência", justificou.
Ao todo, mais de 300 bombeiros estão mobilizados para combater os focos de queimadas em todo Mato Grosso. Mendes acredita que o tamanho do estado também explique a quantidade de focos de queimadas.
"O Mato Grosso é um grande estado, nós temos grandes focos e números relativos. Não dá para comparar. Os números de Mato Grosso, aos do Espírito Santo ou de Alagoas, porque são estados muito menores que o nosso. Nós começamos em fevereiro o planejamento, as compras, as aquisições e as ações para combater. Mas o momento está realmente muito difícil", explicou.
Na última semana, a ministra Marina Silva afirmou que o Pantanal pode desaparecer até o final do século se os problemas provocados pelas mudanças climáticas, o aquecimento global, as queimadas e o desmatamento não forem resolvidos.
Questionado sobre essa perspectiva, o governador enfatizou que fazer previsões "apocalípticas", não resolvem a situação enfrentada atualmente.
"Fazer previsão pessimista não adianta. Fazer previsões apocalípticas não resolve absolutamente nada. Existe uma mudança climática, mas nós brasileiros e mato-grossenses estamos fazendo a nossa parte. Temos 60% do nosso território preservado. Nenhuma região produtiva de alimentos no mundo tem isso. Então eles têm que nos respeitar e saber que o Mato Grosso e o Brasil dá uma grande contribuição nesse momento", explicou.
Fonte: Gazeta Digital