O impacto de uma obra grande, como a de implantação do Ônibus de Transporte Rápido (BRT), na avenida do CPA, em Cuiabá, já está é sentido pela população, especialmente na nova etapa. Motoristas estão perdendo até 1 hora para completar o trajeto, em horário de pico.
Reportagem do esteve no canteiro da obra, que começou em janeiro na altura da entrada do bairro CPA e agora segue na altura do Conselho Regional de Arquitetura (CREA). Congestionamentos são frequentes no local.
A dentista Rayanne Cosendey, 26, mora na região da Morada da Serra e precisa pegar avenida para chegar no seu local de trabalho. O trajeto, que ela fazia em 20 minutos, hoje é de quase 1 hora.
"Com o começo da obra precisei começar a sair mais cedo de casa, o que já impactou na minha rotina, mas ainda assim está complicado, o trânsito tá ficando cada dia maior e com muita imprudência, principalmente no fim do dia, que as pessoas que estão com pressa de ir para casa. É muito caótico e com risco de acidente", pontuou.
Se para os motoristas já está ruim, para os pedestres complicou ainda mais. Uma mulher, que preferiu não se identificar, disse que todos os dias teme ao atravessar a avenida do CPA, visto que a obra fez com que a pista diminuísse e a faixa de pedestre desaparecesse.
"Todos os dias eu atravesso com medo de ser atropelada, o semáforo do CPA sentido centro fecha e o do Consil para ter acesso à avenida abre, são menos de 40 segundos para atravessar uma das principais e mais movimentadas avenidas da cidade, que agora nem a faixa de pedestre tem por conta dessa obra que invadiu o canteiro central e uma parte da rua, ta difícil demais", explicou em tom de indignação.
A obra já passou o viaduto que dá acesso a avenida Miguel Sutil, a reportagem entrou em contato com a Secretária de Estado e Infraestrutura Logística (Sinfra), que informou que alguns trechos da avenida do CPA serão liberados até dezembro.
O traçado do modal passará pelas regiões do Aeroporto Marechal Rondon e pela Universidade Federal do Mato Grosso. Com extensão de 31 km, ligando os municípios de Várzea Grande e Cuiabá. O projeto contará com ônibus elétricos, 46 estações e 3 terminais, sendo um em Várzea Grande (Terminal André Maggi) e outros dois em Cuiabá, nos bairros Morada da Serra e Parque Ohara.
Aprovado pelo Governo do Estado, o projeto ainda prevê o reaproveitamento das áreas de infraestrutura já executadas para a implantação do VLT, além de obras complementares como ciclovias, pista de caminhada, parque linear e calçadas.
Fonte: Gazeta Digital MT