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Virginia quer prisão perpétua para assassinos de mulheres; "Com essa lei frouxa, logo estará solto"

Francisca Alves Nascimento, de 35 anos, foi morta na noite de segunda-feira (15), na frente da rodoviária da cidade pelo seu ex-companheiro.

Por Portal Imparcialidade em 17/01/2024 às 10:49:55

João Reis

DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT

A primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, defendeu nesta terça-feira (16) a criação da pena de prisão perpétua para criminosos que cometem feminicídios no Brasil. A declaração veio após o assassinato brutal de Francisca Alves Nascimento, 35 anos, a golpes de faca, em Lucas do Rio Verde, na segunda-feira (15).

"Outro crime de feminicídio. Quantas mulheres precisarão morrer? Onde estão as mudanças na lei? Onde estão os homens do Congresso? Meu coração sangra a cada notícia como essa", declarou.

Francisca foi morta na frente da rodoviária da cidade. O autor do crime é seu ex-companheiro, Marcelo Ochoa de Freitas, que foi preso em flagrante.

Segundo a primeira-dama, essa morte trágica poderia ter sido evitada, tendo em vista que Francisca chegou a registrar dois boletins de ocorrência contra o bandido, depois de várias agressões no ano passado. Os dois tiveram um relacionamento marcado por violência desde o início, segundo a Polícia Civil.

"Essa morte trágica podia ter sido evitada, porque Francisca já havia denunciado. Até quando vamos ver crimes como esse ocorrer e nada acontecer", disse Virginia Mendes.

Para Virginia, com uma legislação mais severa, crimes de feminicídio devem deixar de acontecer, assim que os criminosos começarem a temer a punição.

"Não é não. Se a relação não deu certo e prejudica as pessoas envolvidas, o ideal é terminar. Ontem, esse criminoso matou a ex-esposa; com essa lei frouxa, ele logo estará solto. Quem será a próxima vítima? Reforço a necessidade de uma lei que realmente faça os criminosos temerem a justiça. Só vejo solução com a prisão perpétua", afirmou.

"Até quando os filhos perderão suas mães; as mães perderão suas filhas, para casos tão brutais como estes que lemos diariamente nos noticiários, não só em Mato Grosso, mas em todo país. Como mãe e mulher fico indignada", finalizou.

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