"Independente da patente, nós vamos atrás". Esse foi o posicionamento do delegado Nilson Farias, após a prisão do coronel do Exército Etevaldo Luiz Cacadini de Vargas, apontado como financiador do assassinato do advogado Roberto Zampieri, morto a tiros no dia 5 de dezembro do ano passado.
O militar foi preso em Belo Horizonte (MG) e transferido para Cuiabá na quarta-feira (17), onde ficará preso no 44º Batalhão. "Independente da patente, nós vamos atrás e se chegar a comprovar qualquer ato, será feita a prisão, porque não tem ninguém que está acima da lei", disse durante coletiva de imprensa.
O coronel recebeu a ordem de prisão no prédio onde mora em BH. Logo após ser abordado pelos policiais, ele acionou a defesa.
Etevaldo passou por audiência de custódia nesta terça e a Justiça de Minas Gerais manteve a prisão dele e ainda autorizou a transferência da capital mineira para Cuiabá, onde a investigação continua. Ele vai ficar preso em uma cela no 44º Batalhão.
Durante coletiva de imprensa, o delegado Marcel Gomes, afirmou que crimes de pistolagem não vão ficar impunes.
"Todos os familiares buscam sempre a mesma resposta e a Justiça de quem matou seu ente querido... Com esse quarto preso da Operação Agrários, algumas respostas começam a ser dadas na sociedade, em especial, que crimes de pistolagem na área agrária não ficaram impunes em Mato Grosso", disse
Investigação
Roberto Zampieri tinha 56 anos e foi assassinado na noite do dia 05 de dezembro, na frente de seu escritório localizado no bairro Bosque da Saúde, na capital. A vítima estava em uma picape Fiat Toro quando foi atingida pelo executor com diversos disparos de arma de fogo. O executor foi preso na cidade de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte (MG).
O mandado de prisão de Antônio Gomes da Silva foi cumprido pela Delegacia de Homicídios da capital mineira em apoio à Polícia Civil de Mato Grosso, que investiga o crime ocorrido contra o advogado. Já a mandante do crime, que segundo a DHPP é Maria Angélica Caixeta Gontijo, foi presa na cidade de Patos de Minas, no sudeste mineiro. No momento da prisão, a investigada estava com uma pistola 9mm, do mesmo calibre que o utilizado no homicídio do advogado.
Por fim, no dia 22, o terceiro envolvido foi preso, sendo identificado como Hedilerson Fialho Martins Barbosa, membro do Exército e instrutor de tiro. Ele é apontado como provável intermediário do crime, sendo responsável por contratar o executor e entregar a arma de fogo.
Polícia aponta ainda que Antônio foi contratado para cometer o crime e recebeu R$ 40 mil. O intermediário despachou uma pistola calibre 9mm, registrada em seu nome, no dia 5 de dezembro, data que Zampieri foi morto.
Fonte: GAZETA DIGITAL