O deputado Dilmar Dal Bosco (União), o presidente da Aprosoja Brasil Antonio Galvão e o governador Mauro Mendes (União) disputam nos bastidores o controle do Partido da Renovação Democrática (PRD), novo partido criado da fusão do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) com o Patriota em 2023.
A revelação foi feita pelo deputado Dilmar Dal Bosco, em entrevista concedida nessa terça-feira (23). Conforme o deputado, o presidente nacional do partido, Ovasco Resende, foi procurado pelas três lideranças, nas últimas semanas, para assumirem o controle do diretório estadual daquele que já nasce como o terceiro maior partido do país.
"Tem três grupos que pediram o PRD, que é o ex-presidente da Aprosoja-MT, que hoje é da Aprosoja Brasil, que é o Galvan junto com o Victório Galli. Outro é o governador, que ligou pessoalmente para ele", disse Dilmar.
Caso o grupo do governador Mauro Mendes seja o vencedor, o mais provável é que o ex-secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho (União), assuma o diretório estadual do partido, que passaria a integrar a base de sustentação do governo.
No caso de o grupo de Dilmar Dal Bosco e Júlio Campos ser o escolhido, a tendência é que Neurilan Fraga, ex-presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), assuma o diretório estadual da legenda.
"O compromisso era que a gente ia chegar a 150, 180 vereadores no pleito de 2024, tendo a possibilidade de eleger 4 a 5 prefeitos no estado de Mato Grosso. E para 2026 sonhar com dois deputados estaduais, 1 deputado federal para crescer o partido na liderança do Neurilan", disse o deputado.
A terceira hipótese é que o partido seja assumido por Antonio Galvan, produtor rural, presidente nacional da entidade que representa os produtores de soja, e ex-candidato ao Senado pelo PTB, junto com o ex-deputado federal Victório Galli.
Na semana passada, Dilmar Dal Bosco e Júlio Campos se reuniram com a executiva nacional do partido para tratar do caso de Mato Grosso. Questionado se já podia ser contado como um dos filiados ao PRD, Dilmar Dal Bosco disse que depende de liberação do governador Mauro Mendes, que é o presidente estadual do União Brasil.
"Eu não tenho como falar que eu posso sair do União Brasil, eu dependo de liberação, não depende de mim. Se dependesse de mim, estava tudo tranquilo, já tinha assumido o PRD dentro do estado de Mato Grosso", disse.