O grupo terrorista Hamas afirmou que nenhum dos reféns sequestrados durante o ataque de 7 de outubro em Israel e que ainda permanece na Faixa de Gaza sairá vivo do território sem uma negociação.
O porta-voz do braço armado do grupo, Abu Obeida, condicionou a libertação à soltura de prisioneiros palestinos detidos por Israel, em um momento de intensos combates entre os dois lados.
No fim de novembro, um acordo de trégua de uma semana permitiu que 105 reféns detidos em Gaza, incluindo 80 israelenses, fossem libertados em troca de 240 prisioneiros palestinos detidos por Israel. Segundo autoridades israelenses, 137 reféns permanecem em território palestino.
Obeida afirmou que o Hamas continuará lutando contra as forças israelenses. O Catar, principal mediador entre os dois lados, afirmou que os esforços para um novo cessar-fogo e mais libertações de reféns "continuam", mas disse que os bombardeios israelenses constantes "reduzem" as chances de que seja alcançado.
Três frentes
Ao mesmo tempo, os militares israelenses afirmaram ter assumido o controle da área ao redor do antigo quartel-general do Hamas na Cidade de Gaza. Suas forças, como explicaram, estavam envolvidas em batalhas intensas em três áreas da Faixa de Gaza onde, segundo o Exército, o grupo ainda mantinha "fortalezas", incluindo no sul, onde as Nações Unidas alertaram para uma situação humanitária cada vez mais perigosa.
Os militares israelenses agora controlam a área da Cidade de Gaza ao redor da Praça Palestina, sede de escritórios municipais e quartel-general de Yahya Sinwar, líder do Hamas no enclave, como explicou o contra-almirante israelense Daniel Hagari. As forças israelenses estão agora concentradas no combate em três áreas: Jabaliya e Shajaiye, dois bairros no norte de Gaza, e em Khan Younis, a maior cidade no sul de Gaza.
Os palestinos em Gaza têm lutado para encontrar cobertura e segurança à medida que Israel expande a guerra. Já deslocadas, dezenas de milhares de pessoas dentro e ao redor de Khan Younis mudaram-se para áreas perto de Rafah, na fronteira com o Egito.
Fonte: estadão conteúdo